Ministério Público de SC lidera operação que desmantela fraude milionária e bloqueia bens de luxo
Investigações apontam simulação de ganhos falsos no Jogo do Tigrinho para atrair vítimas; milhões em bens foram apreendidos.
A influenciadora digital catarinense Ianka Cristini, de 28 anos, e seu marido, Bruno Martins, foram presos nesta terça-feira (14) sob a suspeita de envolvimento em um esquema de fraude com jogos de azar relacionado ao Fortune Tiger, popularmente chamado de Jogo do Tigrinho. A operação, denominada Lance Final, foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Além do casal, uma assessora de Ianka também foi presa. A defesa declarou que ainda não teve acesso completo à investigação e só se manifestará após conhecer os detalhes do processo.
Como funcionava o esquema
De acordo com as investigações conduzidas pela 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Brusque, os suspeitos utilizavam uma versão de demonstração do jogo para simular ganhos fictícios. A estratégia atraía novos apostadores, incentivados pela promessa de lucros rápidos e fáceis.
A cada cadastro realizado ou valor apostado, os envolvidos recebiam uma porcentagem como benefício indevido. A operação resultou no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva em cidades de Santa Catarina, São Paulo e Paraíba.
Bloqueio de bens de luxo
A Justiça determinou o bloqueio de bens avaliados em milhões de reais, incluindo imóveis de luxo e veículos como um McLaren 720 Spider, uma Cadillac Escalade blindada, uma BMW X6, uma BMW M3, entre outros. Redes sociais dos investigados, com mais de 16 milhões de seguidores somados, também foram bloqueadas.
Orientação para vítimas
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) divulgou um passo a passo para quem acredita ter sido vítima do esquema:
- Contatar o número (47) 99165-2791 pelo WhatsApp;
- Informar nome completo, endereço e CPF ou RG (com cópia do documento);
- Relatar a data e o local dos fatos;
- Indicar se deseja representar criminalmente contra os responsáveis;
- Fazer um breve relato dos fatos e do prejuízo sofrido;
- Anexar comprovantes de pagamento ou outros documentos que evidenciem o prejuízo.
O papel do Gaeco
O Gaeco é uma força-tarefa que reúne diferentes instituições, como Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, para identificar e combater organizações criminosas.
Com informações do G1