O retorno do sorotipo 3 (DENV-3) do vírus da dengue ao Paraná, após quase uma década de ausência, tem gerado preocupação e reforçado a importância dos cuidados preventivos. Em 2023, o sorotipo foi detectado novamente no estado, e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) emitiu um alerta para a população, visto que o Paraná não registrava casos do DENV-3 desde 2016, o que deixa a população mais suscetível à infecção por esse subtipo.
A dengue é causada por um vírus pertencente à família Flaviviridae, gênero Flavivirus, e possui quatro sorotipos conhecidos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A infecção por um desses sorotipos proporciona imunidade específica para aquele tipo, mas a pessoa pode contrair a doença novamente se for picada por um mosquito contaminado com outro sorotipo. Este fator é crucial para o monitoramento epidemiológico e a vigilância laboratorial, como destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
“É possível contrair a dengue mais de uma vez, o que pode agravar o quadro, principalmente se o sorotipo for diferente. Por isso, as orientações seguem as mesmas: eliminar criadouros de mosquitos, como água parada em casa e terrenos baldios”, alertou Beto Preto, reforçando a importância dos cuidados preventivos.
Desde o início do atual período epidemiológico, em 28 de julho, a Sesa processou mais de 6.100 amostras para monitoramento da circulação dos sorotipos do vírus no estado. Destas, 104 amostras apresentaram diagnóstico positivo para dengue, sendo 37 para DENV-1, 54 para DENV-2, 13 para DENV-3 e nenhuma para o DENV-4. O aumento de casos de DENV-3 tem motivado intensificação das ações de vigilância e controle, principalmente em áreas com maiores índices de infecção.
A prevenção é a chave para evitar a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, e, consequentemente, a disseminação da dengue. A população deve seguir as orientações da Secretaria de Saúde, mantendo os ambientes livres de água acumulada e realizando a limpeza periódica de calhas, caixas d’água e outros locais propensos ao acúmulo de água. O engajamento coletivo é essencial para reduzir os impactos da doença no estado e evitar que o aumento de casos evolua para situações mais críticas.
Com o alerta emitido, as autoridades reforçam a importância da conscientização e da ação preventiva, para que o Paraná consiga controlar a circulação do vírus e proteger seus cidadãos.