Com uma carreira de quase 80 anos, o jornalista marcou gerações ao narrar grandes momentos da história esportiva e cultural do Brasil.
Léo Batista, ícone do jornalismo brasileiro, morreu neste domingo (19), aos 92 anos. Lutando contra um tumor no pâncreas, ele esteve internado por 13 dias. Com uma trajetória que começou no rádio e consolidou-se na TV Globo, Léo foi pioneiro em muitas áreas e deixou um legado inestimável.
O jornalista João Baptista Bellinaso Neto, mais conhecido como Léo Batista, nasceu em 22 de julho de 1932, em Cordeirópolis (SP). Com quase 80 anos dedicados ao jornalismo, ele foi a primeira voz a noticiar eventos marcantes como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e a morte de Ayrton Senna, em 1994.
Na TV Globo, onde trabalhou por mais de 50 anos, Léo Batista apresentou programas que marcaram época, como o “Globo Esporte”, cuja criação do nome foi uma de suas contribuições. Ele também esteve à frente de coberturas de grandes eventos esportivos, como Copas do Mundo, Olimpíadas e corridas de Fórmula 1, consolidando-se como uma referência no jornalismo esportivo.
Fora do esporte, Léo comandou edições do Jornal Nacional, Jornal Hoje e até mesmo desfiles de Carnaval. No programa “Fantástico”, ficou eternizado ao lado da zebrinha nos resultados da loteria esportiva e no icônico quadro “Gols do Fantástico”.
Em junho de 2024, a série documental “Léo Batista, a Voz Marcante” foi lançada no Globoplay, celebrando sua carreira e importância histórica. Torcedor apaixonado do Botafogo, foi homenageado com uma cabine de imprensa que leva seu nome no Estádio Nilton Santos.
Léo Batista participou do “Globo Esporte” até pouco antes de sua morte, mantendo-se ativo no trabalho que tanto amava. Seu profissionalismo e carisma garantiram a ele o reconhecimento de várias gerações de telespectadores e colegas de profissão.