BALANÇO DO MINISTÉRIO PÚBLICO REVELA ALTA LETALIDADE EM CONFRONTOS NO PARANÁ EM 2024


Reunião do Ministério Público do Paraná para apresentar os dados de confrontos envolvendo forças de segurança em 2024. Foto: MPPR
Reunião do Ministério Público do Paraná para apresentar os dados de confrontos envolvendo forças de segurança em 2024. Foto: MPPR

Levantamento aponta aumento no número de vítimas fatais em comparação a 2023 e destaca novos protocolos para redução da letalidade policial.

O Ministério Público do Paraná divulgou nesta quarta-feira, 22 de janeiro, os dados sobre civis mortos e feridos em confrontos com forças de segurança no estado em 2024A iniciativa integra uma nova política institucional que prioriza a prevenção e repressão da violência.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) apresentou um levantamento detalhado sobre os confrontos envolvendo forças de segurança pública no estado em 2024. Ao todo, foram registrados 433 confrontos, resultando em 413 mortes e 109 feridos. Em comparação a 2023, houve um aumento expressivo no número de vítimas fatais, que naquele ano somaram 348.

O relatório foi elaborado pelos grupos especializados do MPPR – o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – e segue diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional do Ministério Público e pela Resolução nº 7552/2024 da Procuradoria-Geral de Justiça.

Além dos números gerais, o balanço inclui informações detalhadas sobre cada ocorrência, como a instituição e unidade envolvidas, horário, tipo de ocorrência, se o servidor estava em serviço e o perfil básico das vítimas, incluindo se estavam armadas ou não.

PREVENÇÃO E REPRESSÃO
O MPPR adota uma abordagem dual, com ações preventivas e repressivas. O Gaesp é responsável pela análise e qualificação das informações para prevenção de casos futuros, enquanto o Gaeco e as Promotorias de Justiça acompanham e investigam situações específicas, com a missão de garantir a justiça e o controle externo da atividade policial.

AÇÃO INTERINSTITUCIONAL
A nova política também reforça a integração com instituições como a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), as Polícias Civil e Militar e as Guardas Municipais. Essa cooperação visa criar protocolos mais eficazes para reduzir a letalidade de confrontos, tanto de civis quanto de agentes de segurança.

Entre as ações concretas já implementadas, destaca-se a aquisição de armamento não letal, como “tasers”, que oferecem uma alternativa mais segura e efetiva para o uso gradual da força. O planejamento estratégico, baseado em diagnósticos do MPPR, é outro pilar para melhorar os resultados no enfrentamento da violência.

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