Trégua de seis semanas prevê trocas semanais de reféns e prisioneiros; acordo foi aplaudido em Tel Aviv e Ramallah.
O grupo terrorista Hamas libertou na manhã deste sábado (25) quatro reféns israelenses, incluindo as militares Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag, como parte do acordo de cessar-fogo de Gaza. Em contrapartida, Israel soltou 200 prisioneiros palestinos, em uma troca amplamente celebrada em ambos os lados.
Por volta das 6h, no horário de Brasília, as reféns israelenses deixaram o território palestino em veículos da Cruz Vermelha, sendo recebidas por autoridades de Israel logo depois. A libertação é parte de um acordo de cessar-fogo de seis semanas entre Israel e Hamas, mediado por esforços internacionais.
Entre os terroristas palestinos libertados, 120 cumpriam penas de prisão perpétua por ataques mortais contra israelenses. Um grupo de 70 prisioneiros foi enviado à fronteira com o Egito, em Rafah, para tratamento médico em hospitais egípcios, sem permissão para retornar à Cisjordânia ou Gaza.
A trégua também prevê a libertação de mais 33 reféns israelenses, incluindo mulheres, crianças e idosos, ao longo das próximas semanas. Israel, por sua vez, compromete-se a libertar 30 prisioneiros palestinos para cada civil e 50 para cada soldado.
As quatro militares libertadas neste sábado haviam sido capturadas na base de Nahal Oz, invadida durante os ataques de 7 de outubro de 2023, quando cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
No último fim de semana, o Hamas já havia libertado as primeiras reféns: Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher. A expectativa é que novas libertações ocorram semanalmente até o fim do acordo.
REAÇÕES DE AMBOS OS LADOS
A libertação foi recebida com aplausos por israelenses em Tel Aviv e palestinos em Ramallah. O Hamas também anunciou a possibilidade de libertar mais reféns, incluindo a civil Arbel Yehud, no próximo sábado (1º). Israel, entretanto, exige provas de vida da refém antes de permitir novos movimentos em Gaza.
O governo de Israel ressaltou a importância do acordo para o resgate dos reféns, enquanto os líderes palestinos destacaram a importância da troca como um gesto de resistência e esperança para os prisioneiros libertados.