A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) sugeriu ao Governo Federal a mudança na validade de alimentos como parte de um pacote de medidas para reduzir os preços nas prateleiras. A proposta visa baratear produtos não perecíveis e evitar o desperdício, utilizando o modelo “Best Before”, adotado em países como os Estados Unidos.
Nesta quarta-feira (22), a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) divulgou uma nota defendendo a alteração na validade de alimentos não perecíveis, como biscoitos e massas. A proposta, enviada ao Governo Federal em 2024, faz parte de um conjunto de medidas para controlar a inflação e tornar os alimentos mais acessíveis.
A ideia se baseia no modelo internacional “Best Before”, ou “melhor consumir antes de…”, que indica a qualidade ideal do produto, mas não impede sua comercialização após essa data. Segundo a ABRAS, a medida permitiria a venda de itens com preços reduzidos, evitando o desperdício de alimentos ainda próprios para consumo.
O presidente da ABRAS, João Galassi, afirmou que a proposta pode gerar benefícios econômicos e sociais. “As propostas que apresentamos têm o potencial de gerar um impacto significativo, não só no controle da inflação, mas também na criação de empregos e no fortalecimento de uma economia mais justa e sustentável. Estamos confiantes de que, com o apoio do Governo Federal, essas medidas serão implementadas de forma eficaz e trarão benefícios diretos para as famílias, especialmente para aquelas de baixa renda”, declarou.
Durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, também comentou sobre a busca por soluções para baratear os alimentos. Ele afirmou que o governo pretende articular reuniões com diferentes ministérios para discutir um “conjunto de intervenções” que favoreçam a redução dos preços.
Além da alteração na validade dos alimentos, a ABRAS sugeriu ao governo federal o apoio da Caixa Econômica Federal para subsidiar o auxílio-alimentação dos trabalhadores do setor e a autorização para venda de medicamentos sem receita em supermercados.
As propostas apresentadas pela ABRAS visam fortalecer a economia e ampliar o acesso a bens essenciais, mas também levantam debates sobre segurança alimentar e os impactos dessas mudanças para o consumidor.