Em um tempo em que a sustentabilidade é prioridade, até os rituais de despedida ganham um novo olhar. O Jardim da Saudade, que possui uma unidade em Pinhais, está se destacando pela forma inovadora e ecológica com que cuida do luto, aliando respeito à memória com responsabilidade ambiental.
Entre as iniciativas estão o uso de madeira plástica reciclada, compostagem com flores e folhas naturais, e paisagismo que promove integração entre natureza e serenidade. Um dos maiores destaques do projeto são as lápides sustentáveis, feitas a partir de resíduos da construção civil. Segundo Thaise Pinho, supervisora comercial do grupo, o modelo reduz em até 27% o custo para as famílias, sem comprometer a estética ou durabilidade.
A pesquisa para o desenvolvimento dessas lápides levou mais de dois anos e meio e já vem sendo adotada inclusive por famílias que substituem estruturas antigas pelas novas opções sustentáveis.
O Jardim da Saudade também estuda alternativas como urnas biodegradáveis e hidrólise alcalina, já utilizadas em países como Estados Unidos e Canadá. Essas tecnologias visam reduzir o impacto ambiental do necrochorume, problema comum em cemitérios urbanos sem planejamento.
“Queremos que o cemitério seja mais do que um espaço de luto. Ele pode e deve ser um espaço de contemplação, de vida e de cuidado com a terra”, afirma Thaise.