Empreender nunca foi tão necessário — e o Brasil nunca esteve tão preparado para isso! Tanto que nosso país tem vivenciado um crescimento significativo no empreendedorismo, impulsionado por políticas públicas e iniciativas locais. Em 2024, foram criadas 2,8 milhões de pequenas empresas, com destaque para julho, que registrou quase 378 mil novos CNPJs, segundo dados do Sebrae.
As micro e pequenas empresas (MPEs) desempenharam papel crucial na geração de empregos, sendo responsáveis por 1.222.972 novas vagas em 2024, o que representa 70% do total de postos de trabalho criados no país.
Um dos motores desta explosão de empreendedorismo foi a criação do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, sancionada em janeiro de 2024 pela Lei nº 14.816, que reforça o compromisso do governo federal com o setor. A pasta tem como objetivo desenvolver políticas públicas que fortaleçam o empreendedorismo no país.
Quer mais?
O programa Pé-de-Meia beneficiou 4 milhões de estudantes do ensino médio em 2024, oferecendo incentivo financeiro de até R$ 9.200 por aluno, condicionado à frequência e desempenho escolar, com um investimento anual de R$ 12,5 bilhões.
Aliás, o Sebrae tem vários vídeos sobre esse assunto.
Mas tudo isso chegou nas cidades mesmo?
Claro, basta ver que no âmbito municipal, cidades como Garibaldi (RS) e Cariacica (ES) têm implementado ações eficazes. Garibaldi registrou um crescimento de 20,19% na abertura de empresas em 2024, totalizando 250 novos negócios. A cidade também reduziu o tempo médio de abertura de empresas para 3,7 horas, abaixo da média nacional de 10 horas. Já Cariacica alcançou quase 10 mil novas empresas no mesmo ano, impulsionadas por programas de crédito e desburocratização.
Essas iniciativas refletem um ambiente favorável ao empreendedorismo no país, com esforços conjuntos entre governo federal e prefeituras para estimular a economia e gerar empregos. As MPEs representam 99% das empresas brasileiras e são responsáveis por 27% do Produto Interno Bruto (PIB), evidenciando sua importância na economia nacional.
Como os pequenos negócios impulsionam a economia brasileira?
As micro e pequenas empresas (MPEs) representam 99% de todas as empresas no país e são responsáveis por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, destacando-se como pilares fundamentais da economia brasileira.
E qual é o impacto das MPEs na geração de empregos?
Em 2024, as MPEs foram responsáveis por 1.222.972 empregos formais, o que equivale a 70% do total de vagas criadas no país.
Quais setores lideram a criação de novos negócios?
O setor de Serviços lidera com quase 61% das novas empresas, seguido pelo Comércio (25,6%), Indústria (7,9%), Construção (7%) e Agropecuária (0,7%).
Como o governo federal tem apoiado o empreendedorismo?
A criação do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, oficializada em janeiro de 2024, marca um novo ciclo. A pasta tem foco em desburocratização, acesso ao crédito e políticas voltadas ao fortalecimento dos pequenos negócios.
Quais são os principais desafios enfrentados pelas MPEs?
Apesar de sua importância, as MPEs enfrentam desafios como acesso a crédito, burocracia excessiva e necessidade de capacitação.
Como o cenário econômico atual favorece os pequenos negócios?
O crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2025 foi de 1,4%, o maior entre os países do G20, com destaque para os setores de Agropecuária e Serviços, que contam com significativa participação das MPEs.
Empreendedorismo avança entre mulheres, população negra e no Paraná
Mulheres empreendedoras ganham espaço, mas ainda enfrentam desafios
As mulheres representam hoje 33,9% dos donos de negócios no Brasil, o que equivale a aproximadamente 10,1 milhões de empreendedoras, segundo o Sebrae . A maior parte delas atua nos setores de serviços (56%) e comércio (25%) , áreas que oferecem menor barreira de entrada, mas também apresentam alta competitividade.
Apesar do avanço, a desigualdade persiste: o rendimento médio das empreendedoras é de R$ 2.633,80, valor inferior ao dos homens, que recebem em média R$ 3.432,30
Em relação à inovação, apenas 31% das startups brasileiras são lideradas por mulheres, conforme levantamento da Agência Sebrae o que indica uma lacuna na participação feminina em setores de base tecnológica.
Questões como acesso a crédito, preconceito de gênero e dupla jornada seguem como entraves à equidade no ambiente empreendedor
Empreendedorismo negro cresce, mas escolaridade e acesso ainda são entraves
Nos últimos 10 anos, o número de empreendedores negros no Brasil cresceu 22%, passando de 12,8 milhões em 2013 para 15,6 milhões em 2023, segundo levantamento da Agência Sebrae
Esse avanço tem impulsionado o afroempreendedorismo como ferramenta de emancipação financeira e fortalecimento das comunidades negras.
No entanto, os desafios persistem: apenas 7% desses empreendedores têm ensino superior completo, e mais da metade não concluiu o ensino fundamental, de acordo com o portal Sebrae Atende.
No Paraná, setor de serviços lidera demanda por soluções empreendedoras
O estado do Paraná registrou um atendimento recorde do Sebrae em 2024, com mais de 500 mil empresas e empreendedores alcançados. Desse total, 210.426 são microempreendedores individuais (MEIs), conforme dados do Sebrae/PR .
Os setores mais atendidos foram serviços (48,53%), comércio (31,61%), indústria (10%) e construção (9%).
Além disso, os temas mais buscados pelos pequenos negócios incluem marketing (40,54%), legislação (28,92%) e empreendedorismo (24,58%), revelando uma demanda crescente por qualificação e atualização por parte dos empreendedores paranaenses
O que concluímos?
O cenário do empreendedorismo no Brasil em 2024 revela mais que números: mostra um país que reage, se adapta e encontra no espírito empreendedor uma saída sólida para os desafios econômicos e sociais.
Com políticas públicas mais estruturadas, incentivos financeiros, apoio institucional e ações municipais bem-sucedidas, os pequenos negócios deixam de ser apenas alternativa e passam a ser protagonistas da transformação.
É nesse movimento coletivo, feito de coragem, inovação e oportunidade, que o Brasil aponta para um futuro mais justo, produtivo e dinâmico.
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Por Aroldo Glomb
Fotos: Reprodução
