Crime ocorreu em 2022, durante festa temática do PT em Foz do Iguaçu; pena será cumprida em regime fechado.
O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda. O crime ocorreu durante a festa de 50 anos da vítima, que tinha temática do partido e do então candidato Lula.
A sentença foi proferida nesta quinta-feira (13), no Tribunal do Júri de Curitiba, após três dias de julgamento. Guaranho foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e perigo comum, e deverá cumprir a pena inicialmente em regime fechado. Ainda cabe recurso da decisão.
O assassinato aconteceu em julho de 2022, quando Guaranho, então policial penal federal, invadiu a festa de aniversário de Arruda em um clube de Foz do Iguaçu e atirou contra o petista na frente de familiares e amigos. Segundo testemunhas, ele chegou ao local ouvindo músicas da campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro e teria gritado palavras de apoio ao ex-mandatário antes de abrir fogo.
Imagens de câmeras de segurança registraram toda a ação. No julgamento, Guaranho falou por cerca de duas horas, mas não respondeu às perguntas da acusação por orientação da defesa. Ele afirmou que hoje considera um erro ter ido até a festa e alegou que atirou para se defender.
A condenação ocorre dois anos e meio após o crime, que teve grande repercussão nacional e reacendeu debates sobre violência política no Brasil.