População decide o futuro de equipamento avaliado em R$ 28 mil; prefeita solta o verbo e abre enquete no Instagram!
Uma reviravolta digna de novela está movimentando os bastidores da saúde pública no Paraná! A cidade de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, conseguiu na Justiça a autorização para “repatriar” um aparelho de raio-x que estava sendo usado há meses na UPA de Matinhos, no Litoral do Estado. E tem mais: a decisão sobre o destino da máquina agora está nas mãos da população!
A prefeita Karime Fayad (PSB) publicou um vídeo nas redes sociais explicando que o custo para trazer o equipamento de volta é de R$ 11 mil, com risco de danos no transporte. Mesmo com a autorização judicial, ela quer ouvir o povo antes de tomar uma decisão.
▶️ Assista ao vídeo da prefeita Karime Fayad abaixo:
Assista ao vídeo da prefeita Karime Fayad
O prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora (PL), chegou a pedir formalmente que o equipamento fosse doado ao município litorâneo. Karime, por sua vez, diz que não vai decidir sozinha. Ela abriu uma enquete nos stories do Instagram, onde os moradores de Rio Branco do Sul podem votar se o raio-x deve ou não ser doado. A votação ficará aberta por dois a três dias.
Vale a pena trazer de volta?
Se o raio-x voltar para Rio Branco do Sul, a prefeitura teria que leiloar o equipamento, e o valor estimado da venda é de R$ 28 mil. Isso geraria um lucro líquido de R$ 17 mil aos cofres públicos, subtraindo os R$ 11 mil do transporte. Mas será que compensa?
A prefeita quer que os cidadãos decidam. Se a maioria votar “não” à doação, será elaborado um projeto para a Câmara Municipal, questionando a legalidade da transferência definitiva para Matinhos.
Um escândalo de proporções estaduais
O caso expôs um esquema grave de desvio de equipamentos do SUS. A máquina de raio-x de Rio Branco do Sul foi descoberta em Matinhos por meio de uma denúncia feita pelo próprio prefeito da cidade litorânea. E o buraco é ainda mais fundo: outra máquina de Matinhos foi achada em Almirante Tamandaré, também na Região Metropolitana de Curitiba.
Além disso, um segundo aparelho, que estava em uso no hospital municipal de Rio Branco do Sul, foi identificado como pertencente à prefeitura de Doutor Ulysses. A Polícia Civil cumpriu mandados de busca na empresa terceirizada envolvida no escândalo e também na residência de seus proprietários. A investigação segue em andamento, e a expectativa é que novos desdobramentos venham à tona nas próximas semanas.