Informação: PMP
Com uma equipe interdisciplinar, o CRMP atua diariamente com mulheres vítimas das mais variadas formas de violência. Além das agressões físicas, na lei Maria da Penha estão compreendidas situações de violência sexual, patrimonial, moral e psicológica. Invisível, “a violência psicológica não deixa marcas no corpo, mas destrói por dentro”, comenta a advogada do Departamento de Assistência Judiciária e Cidadania (DEAJC), Jocilenne Queiroz Meyer. Por isso, o CRMP conta com mulheres psicólogas, assistentes sociais e advogada, garantindo atendimento psicossocial, socioassistencial e jurídico a toda e qualquer mulher que precise do serviço.
“Eu chamei a Guarda Municipal, uma mulher veio me atender. No meio do atendimento, ele me mandava mensagem me ameaçando. Ela atendeu e foi firme com ele. Depois disso, ele parou. Então ela me orientou sobre a lei Maria da Penha, e dali não parei mais. Fiz o boletim de ocorrência, no outro dia fui ao IML, fiz o exame de lesão, entrei com o pedido de medida protetiva. A gente já tinha se divorciado mas não estava averbado, fui lá e averbei o divórcio, entrei com pedido de alimentos para os meninos, e então minha vida seguiu e não voltei mais atrás. Comecei a estudar, estudar, estudar, passei no concurso, agora é só vitória.”
Sabrina Pereira de Souza chamou a Guarda Municipal quando o então marido ameaçou atear fogo em seu corpo usando etanol, depois de golpeá-la com o joelho. Ela segurava um dos filhos, ainda bebê, no colo, e o mais velho, criança, presenciava o crime. “Foi pelos meus filhos que eu mudei, por isso que hoje eu me sinto completa, sabe. Eles são tudo pra mim. Eu sei que eles se orgulham muito de mim e não me falta mais nada. Nada!”, determina.
Com este potente e emocionado relato, Sabrina é exemplo para muitas mulheres que sofrem violências e que têm na lei Maria da Penha uma força essencial de resgate, acolhimento e proteção.