OEA manifesta apoio ao governo brasileiro e repudia ataques golpistas


No domingo (8), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro vandalizaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Com informações da Agência Brasil

Em reunião extraordinária do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), o órgão declarou apoio ao governo brasileiro e condenou os atos antidemocráticos em Brasília, no último domingo (8). A reunião, realizada nesta quarta-feira (11), foi convocada para tratar especificamente deste assunto.

O secretário-geral da OEA, Luiz Almagro, fez um duro discurso contra os atos golpistas. Ele afirmou que a organização tem os instrumentos e os princípios democráticos para analisar e condenar esse tipo de ameaça no hemisfério.

“Quando a democracia é ameaçada, como vimos no domingo, em Brasília, todos nós devemos agir imediata e firmemente para defender a democracia, investigando, denunciando e determinando as responsabilidades dos investigados, financiadores e responsáveis intelectuais. Não é possível que um movimento fique tanto tempo diante dos quartéis sem que alguém esteja financiando”, disse referindo-se aos acampamentos de bolsonaristas montados após as eleições, em novembro, em frente a quartéis de todo o país.

Almagro disse ainda que, na condição de secretário-geral da OEA, soube imediatamente da invasão aos prédios representativos dos três poderes e que acompanhou de perto o desenrolar dos acontecimentos.

“As instituições brasileiras responderam de maneira efetiva à situação. Essas situações não são mais eventos isolados e nós condenamos de maneira clara e enérgica essa mobilização de caráter fascista e golpista que ameaçou os três poderes do Brasil”, afirmou. “Manifesto toda nossa solidariedade com o presidente Lula e aos outros poderes”, acrescentou.

O secretário-geral disse ainda que os atos golpistas do último domingo fazem parte de um cenário que se encontra também em outros países. Ele destacou há semelhanças na forma de agir desses grupos, como o uso de notícias falas, as fake news, manipulação de símbolos pátrios, não reconhecimento das instituições democráticas e da diversidade.

“Não foi só um ataque ao presidente Lula e aos poderes do Brasil. Eles estão atacando todos nós quando reagem de maneira fascista, de maneira antidemocrática contra o desenvolvimento sustentável, a luta contra a desigualdade e a pobreza”, finalizou.

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