O pedido está sendo analisado pelo Conselho Diretor da Agepar, que deve divulgar uma decisão nas próximas semanas. Segundo a Sanepar, “compele a agência reguladora definir o índice de reajuste a ser aplicado sobre a tarifa para o ano de 2022, de acordo com a Lei Complementar nº 222 e conforme o seu regulamento”.
No dia 24 de fevereiro, a Sanepar divulgou a receita de seu lucro líquido anual referente a 2021, indicando uma alta de 18,2% em relação a 2020. De outubro a dezembro passado, a companhia faturou R$ R$ 322 milhões. Em paralelo, a inadimplência subiu de 2,8% para 3,3%.
O deputado estadual Soldado Fruet (Pros) se manifestou sobre o assunto na sessão da Assembléia Legislativa do Paraná (Alep) ocorrida no dia 2 de março. Durante os debates no conselho, ele se posicionou contra o aumento, alegando uma falta de respeito com o cidadão paranaense.
“O racionamento é bom para a Sanepar, pois ela gasta menos e continua cobrando mais e, assim, a cada dia que passa os acionistas ficam mais felizes e mais ricos. A empresa investiu milhões em propaganda pedindo para o povo economizar água, mas, mesmo ficando até 15 dias por mês sem água em casa, os paranaenses pagavam valores cada vez maiores em suas contas”. Disse o Deputado em protesto.
Na avaliação de Fruet, o resultado obtido pela Sanepar em 2021 em plena pandemia com o racionamento de água, indica que a empresa agiu de má fé para garantir o lucro de acionistas. E que apesar dos lucros bilionários, a Sanepar se nega a reduzir a tarifa e aumentar o salário dos funcionários.